Dermatite a Picada de Ectoparasitas

Doenças Alérgicas

Alergia a Picada de Pulgas e Carrapatos

A dermatite alérgica à picada de pulga (DAPE) é uma doença de pele comum em cães e gatos. Sempre que uma pulga pica o animal, seja uma vez ou repetidas vezes, ela injeta uma pequena quantidade de saliva no interior da pele. Essa saliva possui uma proteína que sensibiliza a pele de cães e gatos, gerando um resposta alérgica. Esta pode prolongar-se por um período de tempo superior a duas semanas, após a última picada da pulga.

E m consequência a essa reação, o animal apresenta prurido (coceira), que é o sintoma mais comumente observado pelos proprietários, pois incomodam em excesso os cães e gatos que possuem essa sensibilidade. Outros sinais incluem: lesões secundárias que resultam da inflamação crônica e do traumatismo induzido pelo prurido, alopecia, pêlos quebrados, pêlos secos, descamação, hiperpigmentação e liquenificação. Pode-se observar a dermatite úmida aguda (manchas quentes), nódulos pruriginosos acrais, placas eosinofílicas e granulomas eosinofílicos.

Em cães, as áreas com lesões mais características, estão localizadas nas regiões lombo-sacra, coxas, região proximal do rabo, região abdominal e peri-umbilical.

Logo uma vez alérgico a picadas,o animal será alérgico a elas durante toda vida. Então a unica forma de evitar é realizando o uso sistemático de antipulgas nesse paciente. Uma vez sensibilizado para picadas deverá ser realizado o protocolo mesmo na ausência de pulgas.

Lembre-se que basta uma picada para desencadear todo o quadro de alergia !!!

TRATAMENTO

O método mais eficaz é procurar um antipulgas que vise o controle de pulgas adultas e das formas jovens e que possua uma ação de "contato" em que a pulga não precise picar para morrer. Somando-se a isso a realização do controle ambiental e dos contactantes (aqueles animais que convivem com o cão alérgico) deve ser realizado simultaneamente para sucesso do tratamento preventivo.

Sabe-se que as pulgas presentes na pelagem do animal representam apenas 5% da infestação que está presente no ambiente que o rodeia. Os outros 95% consistem em ovos, larvas e pupas “invisíveis”. Este é o principal motivo pelo qual as infestações de pulgas são tão difíceis de controlar. Para um adequado controle de pulgas, é importante ter em mente esses fatores “invisíveis”.

Portanto, o tratamento deve focar em três pontos:

1º - Eliminar as pulgas presentes no animal (5%)

2º - Eliminar os elementos “invisíveis”:ovos, larvas e pupas (95%)

3º - Prevenir reinfestações

ECTOPARASITAS

As PULGAS são pequenos insetos hematófagos, sem asa e com três pares de patas. O terceiro par de pernas é bem mais longo, o que facilita o seu incrível potencial de salto. Embora existam mais de 2.000 espécies e sub-espécies no mundo, a Ctenocephalides canis e a Ctenocephalides felis são as espécies mais comuns em cães e gatos, respectivamente. Após o repasto sangüíneo, a fêmea deposita cerca de vinte ovos de cada vez, que caem no chão ou são depositados no ambiente. Porém, em fortes infestações, o corpo dos animais pode albergar ovos, larvas e adultos, simultaneamente.

Os sinais de coceira normalmente ocorrem em períodos sazonais, principalmente em meses quentes e em zonas temperadas. A ocorrência não-sazonal é observada em regiões tropicais e subtropicais.

Os CARRAPATOS são artrópodes, classificados como aracnídeos e alimentam-se de sangue. Permanecem no hospedeiro durante, praticamente, toda a sua vida, deixando de parasitar apenas na hora de colocar os ovos, no ambiente, e mudar de fase. Cada fêmea é capaz de colocar de duzentos a três mil ovos no ambiente.

Os ovos acabam sofrendo a influência do meio (excesso ou falta de umidade, luz solar, temperatura, tipo de solo) ou fazendo parte da cadeia alimentar natural, sendo ingeridos por outros artrópodes e aves, de forma que apenas alguns poucos sobrevivem e conseguem alcançar o hospedeiro.